18 novembro 2007

Palhaços da motivação

O mundo organizacional cada vez mais se parece com um picadeiro, com o devido respeito ao profissional circense. Nas convenções de empresas, são muitos bem-vindos os palestrantes performáticos, afetos ao exercício de um pseudo conhecimento, mas que muito agradam a trabalhadores e empresários. Por que será?

Ao contrário do que se poderia pensar, a maior quantidade de instituições (que fornecem diplomas) na área de gestão não ajuda a debelar o fenômeno, ao contrário! O aumento vertiginoso de escolas de péssima qualidade resultam na (de)formação de profissionais, com uma compreensão distorcida do que vem a ser a Administração.

Desde o primeiro momento, logo no início do curso, quando se faz necessário estar aberto a um novo linguajar, a novos conceitos, a novos paradigmas, os então educandos simplesmente boicotam os educadores e as aulas com alto teor acadêmico, porque dizem não ter tempo a perder com vãs filosofias... Entretanto, uma "boa" palestra-show, essa - segundo eles - sempre vale a pena!

Filminhos, piadinhas, historinhas do mundo corporativo, tudo isso seria bem-vindo em um contexto que incentivasse o fortalecimento do senso crítico. Porém, parafraseando McLuhan, o que se detecta é que a distração é a mensagem, não o meio de se transmitir conhecimento. É mais importante para as audiências serem entretidas por um palestrante do que apreender novos conceitos, pois crêem que não há nada a mais para ser aprendido!

Discute-se muito a necessidade de se ampliar a inter e a transdisciplinaridade no ensino. A resultante esperada é uma formação que permita a ampliação dos saberes, habilidades e competências do estudante. E quanto à percepção do exercício profissional do educador, há também de se melhorar?

Em nenhuma área do conhecimento, os doutores são tão desprezados pela comunidade, como ocorre no meio gerencial. Diferentemente dos pesquisadores das chamadas ciências puras, o da área de negócios tem espaço circunscrito ao meio acadêmico público. Para alguns executivos, é mais interessante contratar um grupo de teatro para fazer gracinhas em encontros de negócios, do que se convidar pensadores organizacionais para palestrar ou prestar serviços especializados.

Retrucam os críticos: realmente existem bons (e verdadeiros) pesquisadores organizacionais ou são apenas, no caso Brasileiro, funcionários públicos, totalmente alheios ao competitivo e dinâmico mundo dos negócios, que só produzem inutilidades?

01 novembro 2007

Cálculos

Ainda como sugestão de link, segue uma página sobre cálculos: http://www.calculoexato.com.br/adel/default.asp