01 dezembro 2012

Planejamento e plano

Um dos equívocos empresariais é acreditar que planejamento é uma ferramenta estática, que demanda muito recursos para se desenvolver e é pouco útil no cotidiano. O que é verdadeiro desta crença é que o planejamento requer envolvimento e comprometimento contínuo dos líderes da organização.

De início, cabe distinguir o processo do produto, ou seja, o planejamento e o plano. A definição mais aceita entre os autores é que planejamento é o processo de se antever, estudar, implementar, acompanhar e rever formas para se alcançar metas comuns e determinar os objetivos. Os planos correspondem à formalização do planejamento, ou seja, os documentos elaborados a partir do planejamento. 

O planejamento é composto por vários planos desenvolvidos em cada setor da organização, em variados níveis hierárquicos.

O planejamento no nível estratégico é amplo e abrangente. Compreende todas as áreas da empresa. Usualmente, correlacionamos aos planos ligados a alta diretoria e que tenham longo prazo. Exemplo: planejamento da Empresa XYZ  que inclui comprar ações da Empresa XPTO, abrir uma filial na China; fechar uma unidade da empresa no Sul do Brasil, entre outros. Observe que somente o alto escalão da empresa tem competência para tomar decisões como estas.

O planejamento tático é geralmente desenvolvido pela média gerência em cada área da empresa. Tem médio alcance e é muito específico. Exemplo: planejamento da área de marketing: desenvolver uma nova logomarca para a empresa; aumentar a participação de mercado da empresa em 20%, rever os contratos com os fornecedores que não estejam em conformidade com os padrões da empresa, entre outros. Neste caso, o planejamento envolve não somente a área, mas, igualmente, outros setores da empresa (Financeiro, Jurídico etc).

Por fim, o planejamento operacional. Tem alcance de curto prazo e é muito pontual no envolvimento dos setores. Exemplo: planejamento da área de mantenção. Envolve a revisão periódica de equipamentos, a substituição de peças, a calibragem de instrumentos utilizados na área produtiva, entre outros. Neste tipo de planejamento, o gestor da área tem plena autonomia para tomar decisões relacionadas unicamente ao departamento em que trabalha, sem que exista a necessidade de envolvimento da média gerência ou do alto escalão da empresa.