Barreiras de saída são fatores que impedem a empresa sair de um mercado após ter superado as dificuldades iniciais. Um exemplo que torna a saída elevadas desvantajosa para uma empresa é o quando existe um investimento em instalações fabris em um país estrangeiro. Ao se optar pela desistência de atuar em um país no qual o principal concorrente não atue, a empresa pode abrir caminho para a instalação do rival, a um custo menor do que incorreu originalmente. Assim, a organização deve considerar a hipótese de que todo o investimento realizado na infraestrutura para se acolher as suas instalações podem ser aproveitadas pelos rivais, se desistir das operações naquele país.
Barreiras emocionais dos controladores dizem respeito ao interesse dos altos executivos da empresa em manter as operações da empresa por razões não-econômicas para se preservar a imagem da empresa. Um exemplo disso é a decisão de uma empresa em manter uma marca de produtos, mesmo tendo esta perdido o prestígio entre os consumidores ao longo do tempo.
As restrições de ordem governamental são imposições do governo para que uma determinada empresa mantenha as operações inalteradas, mesmo sendo esta de menor rentabilidade para a organização. Um exemplo é uma empresa que produz um produto único e de grande necessidade da população de baixa renda. A diretoria, ao se melhor analisar os gastos com a produção deste bem, decide finalizar a produção, por verificar que possui uma baixa rentabilidade com a comercialização do produto. Entretanto, por intervenção do governo, através de sanções político-econômicas, a empresa é obrigada a manter o produto no mercado, sob o risco de ser penalizada pelas autoridades.
As barreiras de entrada assemelham-se muito às de saídas, com a principal diferença que dizem respeito ao desejo de uma empresa em começar a atuar em um mercado, e não sair, como vimos anteriormente.
Antes de se começar a comercializar produtos em um mercado a empresa deve está preparada para sofrer todo tipo dos concorrentes que poderão recorrer a vários mecanismos para se evitar a chegada de mais concorrente. Um exemplo de barreira de entrada é o valor do investimento necessário para se estabelecer no mercado.
Os concorrentes, percebendo a chegada de uma nova empresa, podem abaixar os preços das mercadorias, diminuindo com isso os lucros (ou até mesmo funcionar no prejuízo durante um tempo), só para prejudicar a nova empresa. Desta forma, a recém-chegada também terá que praticar preços baixos, mas, como possui limitação de recursos financeiros por causa dos investimentos na estrutura física, pode não suportar a guerra de preços e fechar as portas.
As ameaças de retaliação por parte dos concorrentes é outro tipo de barreira a ser enfrentada. Os concorrentes mais antigos podem ameaçar a não mais comprar mercadorias de um determinado fornecedor se ele se dispuser a vender seus produtos para uma nova empresa que queira atuar no mercado. Evidentemente, neste caso, os concorrentes precisam ter uma forte presença em termos financeiros para poderem ameaçar o fornecedor.