A integração vertical dos fornecedores é exemplificada em casos de conjugação da matriz produtiva, desde a produção até a distribuição de um bem ou produto. Tome como exemplo a comercialização de gêneros alimentícios: se um grupo industrial controla desde a produção até a distribuição de, por exemplo, farinha de trigo, o seu poder de barganha de determinar o preço e as condições de oferta do produto será muito maior que o poder de decisão dos compradores em optar por outras marcas.
A desverticalização corresponde à prática de não concentrar em um único fornecedor todos os processos produtivos, ou seja, trabalhar com diversos fornecedores ao longo da cadeia produtiva.
Um exemplo são as empresas da indústria farmacêutica. Imagine que uma empresa produta de remédios deseje verticalizar todos os aspectos da produção. Assim, não somente ela produzirá os fármacos (o princípio ativo, a droga em si mesma), mas tudo que estiver relacionado a estes.
Isto quer dizer que se ela produzir comprimidos em cápsulas, ela terá que produzir o plástico que reveste o comprimido, a embalagem do medicamento, bem como será a responsável pela impressão da bula da medicação e, se desejar, a própria embalagem.
Se esta mesma indústria optar pela não-verticalização, a única responsabilidade que terá será a de fabricação dos fármacos, cabendo a outras empresas prover outros elementos (bula, embalagem, plástico etc) que compõem a medicação.
A condição de integração retrógrada na cadeia de valor dos compradores pode ser ilustrada com o exemplo de uma empresa que introduz um novo tipo de escova de dente elétrica e oferece promoções para aumentar o consumo. Se houver dificuldades percebidas pelo consumidor, seja em termos de aquisição, seja na utilização, os consumidores podem abandonar o novo modelo e voltar a consumir os tipos convencionais.
Segundo Dias (2005), a cadeia de valores é uma ferramenta básica e estratégica utilizada por empresas de todos os ramos na busca de diferenciação e vantagem competitiva. Ela permite à empresa obter o conhecimento detalhado das atividades e dos elos que compõem seu fluxo produtivo, propiciando uma melhoria focada no que tange a custos e a eficiência.
A cadeia de valor desenvolvida por Michael Porter surge como instrumento básico para o entendimento das atividades de uma empresa. A construção da cadeia de valor possibilita analisar as atividades de relevância estratégica para o negócio, permitindo compreender o comportamento dos custos e das fontes de diferenciação.
Para Fernandes (2005), a metodologia permite investigar as mudanças na organização, partindo dos insumos (matéria-prima) até chegar ao produto ou serviço final.
Toda empresa ocupa uma posição na cadeia de valor. Na parte superior da cadeia, estão os fornecedores que fornecem insumos. A empresa então acrescenta valor a esses insumos, ao transformar as matérias-primas em produto, através do processo fabril (industrialização). Em seguida, a empresa passa o produto com valor agregado para o cliente, o próximo agente da cadeia de valor.
A análise da cadeia de valor é, então, um processo para separar as diversas etapas que compõem a formação de um produto/serviço. Implica no exame sistemático de todas as atividades envolvidas nessa produção, a fim de separar etapas que agregam ou não valor. As que não agregam valor, como estoques, controles de qualidade realizados após a fabricação do produto, entre outras, são eliminadas.
Existe também um segundo objetivo na análise de valor: identificar os elos que são frágeis - que apresentam custos altos em face as alternativas de mercado - e terceirizar com empresas de baixo custo, ou formar alianças estratégicas que propiciem economia de escala e, consequentemente, menores custos.
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