As organizações têm adotado várias modelagens de equipe, especialmente por força
dos eventos esportivos internacionais nos próximos anos. Há empresas que optam em contar com
equipe especializada interna, dispondo, inclusive, de escritório
(departamento/área/setor) de projetos. Outras preferem utilizar
os gerentes funcionais para assumir os projetos, tendo como referência a formação
(técnica) profissional e/ou a relação com o escopo do projeto. Algumas terceirizam profissionais ou empresas especializadas na gestão de projetos.
O PMBok (2008), compêndio que reune as boas práticas em projetos, apresenta três tipos de modelagens organizacionais: a funcional, matricial e por projetos. Vejamos cada uma delas.
O PMBok (2008), compêndio que reune as boas práticas em projetos, apresenta três tipos de modelagens organizacionais: a funcional, matricial e por projetos. Vejamos cada uma delas.
O modelo mais comum entre as organizações é
o modelo funcional. É aquele que o gerente de projetos (GP) é um
trabalhador da empresa designado para desenvolver as atividades. Neste tipo de
estrutura, o gerente desenvolve as atividades do projeto em paralelo com os
seus afazeres cotidianos, tendo o GP pouca autonomia no desempenho das suas funções. Isto ocorre pelo pouco apoio da alta direção, que se reflete na atuação em meio
período do gerente e de outros profissionais.
Para servir de ilustração, temos o caso de uma enfermeira em um hospital que é designada para acompanhar a implantação de uma nova unidade de atendimento a pacientes. Além de atuar na área de sua formação, a assistência de saúde, a enfermeira tem que gerir o projeto mantendo contato com outros profissionais. Dessa forma, ela tem que conciliar a gerência de projeto com a rotina diária.
Para servir de ilustração, temos o caso de uma enfermeira em um hospital que é designada para acompanhar a implantação de uma nova unidade de atendimento a pacientes. Além de atuar na área de sua formação, a assistência de saúde, a enfermeira tem que gerir o projeto mantendo contato com outros profissionais. Dessa forma, ela tem que conciliar a gerência de projeto com a rotina diária.
O desafio para alterar
esta cultura vai além do que é usual do gerente de projetos, por ter como pauta
a redefinição da missão, do negócio e dos valores da organização. Na condição
de gerente de projetos cabe reconhecer as características e negociar
(comunicar, clarificar) as expectativas e possibilidades de desenvolvimento do
projeto, dada as restrições
estruturais.
Vejamos outro modelo,
o matricial. Há três tipos de
estrutura matricial: o fraco, o balanceado e o forte. Iniciemos a falar sobre a estrutura
matricial fraca.
Apoiando-se no caso da enfermeira, imaginemos que ela terá que interagir com profissionais dentro e fora do hospital: fornecedores, diretores, empreiteiros etc. Na condição de GP a posição dela é desfavorável, pois, hierarquicamente na empresa, ela está subordinada à diretoria médica, mas terá que interagir no projeto com diretores de outras áreas. Sua autoridade tende a ser pouco acolhida por prevalecer a percepção da sua principal ocupação na área de saúde. Consideremos uma situação de conflito: a enfermeira (GP) necessita da liberação de um trabalhador da contabilidade para atuar no projeto, mas o diretor Administrativo Financeiro do hospital, superior imediato deste profissional, não aprova. Dificilmente ela (ou qualquer pessoa nesta situação) ganhará a disputa... Prevalece a prioridade das atividades corriqueiras do setor em relação ao projeto, que está mais relacionado à área da saúde.
Apoiando-se no caso da enfermeira, imaginemos que ela terá que interagir com profissionais dentro e fora do hospital: fornecedores, diretores, empreiteiros etc. Na condição de GP a posição dela é desfavorável, pois, hierarquicamente na empresa, ela está subordinada à diretoria médica, mas terá que interagir no projeto com diretores de outras áreas. Sua autoridade tende a ser pouco acolhida por prevalecer a percepção da sua principal ocupação na área de saúde. Consideremos uma situação de conflito: a enfermeira (GP) necessita da liberação de um trabalhador da contabilidade para atuar no projeto, mas o diretor Administrativo Financeiro do hospital, superior imediato deste profissional, não aprova. Dificilmente ela (ou qualquer pessoa nesta situação) ganhará a disputa... Prevalece a prioridade das atividades corriqueiras do setor em relação ao projeto, que está mais relacionado à área da saúde.
Aproveitando o exemplo
do projeto da nova unidade de atendimento no hospital, observemos o modelo da matriz
balanceada. Ao invés de termos a enfermeira como GP, seria designada a
diretora da área médica. Qual a diferença? A hierarquia. Por ocupar um cargo de
primeiro escalão, em casos de conflitos, a diretora tem respaldo
organizacional. Um exemplo de conflito: a diretora (GP) discorda de uma mudança
no orçamento proposta por um dos membros do projeto, o diretor Administrativo
Financeiro do hospital. É uma disputa interessante... É equilibrada, pois ambos
têm respaldo hierárquico e relação direta com o objeto da discussão.
A matriz forte
assemelha-se à balanceada no que diz respeito ao respaldo hierárquico, mas traz
como diferença o fato do GP ser liberado das atividades cotidianas para se
dedicar totalmente ao projeto, em tempo integral. No caso, a diretora seria
substituída por outro profissional na função de diretoria até o término do
projeto. Finalizando o projeto, ela voltaria às funções rotineiras.
Falemos de outro
modelo. A estrutura organizacional por projeto.
Neste tipo de
estrutura, cada projeto é tratado como se fosse uma empresa. Cada GP, que atua
em tempo integral, com dedicação total de atividades, tem uma equipe de
trabalho (advogados, contabilistas, engenheiros...) exclusiva para o projeto.
Ao término do projeto, os profissionais ficam à disposição da organização ou
são desligados.
A estrutura
organizacional por projeto é muito comum entre as grandes empresas da
construção civil. Cada obra (estradas, hidrelétricas, estádios de futebol etc)
têm uma equipe própria, dispondo, até mesmo, de razão social e CNPJ. Outro
segmento que muita utiliza este tipo de estrutura são as empresas de
telecomunicação (emissoras de TV) e a indústria cultural (produção de filmes
para o cinema, peças de teatro). Cada filme, novela, show, peça é uma
“empresa”, com identidade e equipe própria.
Enfim, como se vê, a modelagem varia
muito em termos do segmento de atuação, do porte, da natureza e do negócio da
organização, cabendo aos gestores em adequar o projeto ao contexto.
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